Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que têm dons de curar, os que têm dom de prestar ajuda, os que têm dons de administração e os que falam diversas línguas. São todos apóstolos? São todos profetas? São todos mestres? Têm todos o dom de realizar milagres? Têm todos o dons de curar? Falam todos em línguas? Todos interpretam? Entretanto, busquem com dedicação os melhores dons.
1 Coríntios 12:27-31
Há na igreja uma preocupação a respeito dos dons ministeriais e espirituais, muitos nessa ânsia de saber e descobrir sobre cada um deles, tentam imaginar qual o dom seria melhor ou mais importante no corpo de Cristo. Alguns vão dizer que é o pastoreado que é mais importante por cuidar das ovelhas de Cristo. Outros vão dizer que o evangelista é o mais importante devido a trazer as pessoas para o Reino de Deus. Outros vão dizer que são os mestres, devido a instruir as pessoas nos caminhos de Deus e ainda outros que poderão dizer que são os profetas, que são a boca de Deus nesse mundo. Mas, de fato qual seria o dom mais importante, se de fato existe essa questão de importância.
Primeiramente, precisamos entender que todos nós que somos cristãos fazemos parte do corpo de Cristo e, por isso, não existe preferência ou prioridade em um corpo.
“Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros. Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé. Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir, que contribua generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça com alegria.”
Romanos 12:4-8
Segundo, se formos colocar em grau de importância qual é o maior dom, o próprio apóstolo Paulo fala que esse dom é o amor e não qualquer outro que possa vir a nossa mente. No capítulo 12 ele fala constantemente das variedades de dons, mas ao finalizar o capítulo ele diz: “Passo agora a mostrar a vocês um caminho ainda mais excelente.” E já no capítulo 13, ele fala somente sobre o amor para enfim, retornar no capítulo 14 novamente com o assunto entre os dons. O que Paulo quer dizer aqui, é que o amor precisa ser a marca do cristão, que ele precisa ser o maior dom que podemos ter e que sem ele nada poderemos ser.
Paulo traz essa linha de raciocínio justamente devido na igreja de Corinto muitas pessoas estarem brigando por uma competição de qual dom seria mais importante. Com isso, ele frisa que esse dom é o amor.
Paulo não apenas nos ensina que o amor é o maior dom, mas traz comparações com outros dons que já foram falados anteriormente, por exemplo:
1 – O amor é mais importante do que falar em línguas estranhas: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine.” 1 Coríntios 13:1
2 – O amor é mais importante do que profecias e ter uma fé sobrenatural: “Ainda que eu tenha o dom de profecia, saiba todos os mistérios e todo o conhecimento e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei.” 1 Coríntios 13:2
3 – O amor é mais importante do que qualquer boa obra: “Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me valerá.” 1 Coríntios 13:3
De fato, o amor é o maior dom, isso ocorre porque fomos criados para amar a Deus e ao nosso próximo, e o amor é o elo que nos une. Nele não há inveja, nem orgulho, nem rancor, nem ira, nem injustiça e nem nada que desagrade a Deus. Na verdade, os dons são importante, mas são importante somente para essa era, quando Jesus buscar a sua igreja, não precisaremos mais de dons para nos manter na nova Jerusalém, o que irá nos mantermos lá é o amor que temos por Cristo. Por isso, que Paulo diz que entre a fé, a esperança e o amor, o último é o maior deles. Porque fé é acreditar naquilo que não vemos, um dia Cristo irá vir e poderemos vê-lo, esperança é esperar por aquilo que não aconteceu, mas um dia Cristo irá vir e a nossa esperança será completa. Mas, o amor é o elo que sempre irá permanecer na vida do Cristão. Ele é a nossa marca e precisamos deixá-lo no mundo.