Então Moisés convocou todas as autoridades de Israel e lhes disse: Escolham um cordeiro ou um cabrito para cada família. Sacrifiquem-no para celebrar a Páscoa! Molhem um feixe de hissopo no sangue que estiver na bacia e passem o sangue na viga superior e nas laterais das portas. Nenhum de vocês poderá sair de casa até o amanhecer. Quando o Senhor passar pela terra para matar os egípcios, verá o sangue na viga superior e nas laterais da porta e passará sobre aquela porta; e não permitirá que o destruidor entre na casa de vocês para matá-los.
Êxodo 12:21-23
Neste texto vemos a primeira Páscoa que foi celebrada na história da humanidade. Algumas horas antes dos israelitas serem libertos do jugo de escravidão do Egito. Tudo começou com uma série de 10 pragas. Sendo que a última, foi a morte de todos os primogênitos, exceto na casa daqueles que tiveram sangue nos umbrais das portas. O sangue utilizando nos umbrais era de um cordeiro morto, sem mancha e sem nenhum outro tipo de defeito. O ato de derramar o sangue e cobrir os umbrais da porta com ele, trazia proteção contra o anjo da morte quando este passasse para matar os primogênitos. Este comportamento ou simbologia aponta para Jesus, o Cordeiro de Deus sem mancha e sem defeito, cujo sangue derramando em outro madeiro, não em uma porta, mas na cruz, nos garante a vida eterna.
O apóstolo Pedro afirmou isto em sua primeira carta: “Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver que lhes foi transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito, conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês.”
1 Pedro 1:18-20
Se na Páscoa judaica era preciso derramar sangue de animais para trazer libertação de uma nação do jugo de escravidão egípcio. Na Páscoa cristã, o sangue foi derramado para nos trazer libertação do jugo do pecado.
Se na Páscoa judaica esse ato é repetido ano após ano para trazer perdão dos pecados. Na Páscoa cristã, Jesus morreu uma única vez para trazer remissão dos pecados.
Se na Páscoa judaica esse ato era temporário. Na Páscoa cristã, o sacrifício de Cristo é eterno e inapagável.
Se na Páscoa judaica os animais eram sacrificados. Na Páscoa cristã, o Cordeiro preparado antes da fundação do mundo foi sacrificado.
O autor de Hebreus nos fala que a Páscoa judaica era apenas uma sombra da Páscoa cristã que haveria de vir:
“A Lei traz apenas uma sombra dos benefícios que hão de vir, e não a sua realidade. Por isso ela nunca consegue, mediante os mesmos sacrifícios repetidos ano após ano, aperfeiçoar os que se aproximam para adorar. Se pudesse fazê-lo, não deixariam de ser oferecidos? Pois os adoradores, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais se sentiriam culpados de seus pecados. Contudo, esses sacrifícios são uma recordação anual dos pecados, pois é impossível que o sangue de touros e bodes tire pecados. Por isso, quando Cristo veio ao mundo, disse: Sacrifício e oferta não quiseste, mas um corpo me preparaste; de holocaustos e ofertas pelo pecado não te agradaste. Então eu disse: Aqui estou, no livro está escrito a meu respeito; vim para fazer a tua vontade, ó Deus. Primeiro ele disse: Sacrifícios, ofertas, holocaustos e ofertas pelo pecado não quiseste nem deles te agradaste (os quais eram feitos conforme a Lei). Então acrescentou: Aqui estou; vim para fazer a tua vontade. Ele cancela o primeiro para estabelecer o segundo. Pelo cumprimento dessa vontade fomos santificados, por meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido uma vez por todas.”
Hebreus 10:1-10
Devemos nos alegrar porque não precisamos mais de sacrificar animais, porque Cristo é o nosso sacrifício perfeito, Ele é o nosso Cordeiro perfeito, o nosso Cordeiro Pascoal, Ele é o que nos dá vida. Que morreu por nós, ressuscitou por nós, e um dia irá voltar por nós! Somente este é o significado da nossa Páscoa. Não é sobre um coelho, mas sim, sobre o Cordeiro, que foi morto, ressurgiu e um dia irá voltar!