Então o Senhor disse a Abrão: “Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei. “Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção. Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados”.
Gênesis 12:1-3
Então o Senhor deu-lhe a seguinte resposta: “Seu herdeiro não será esse. Um filho gerado por você mesmo será o seu herdeiro”. Levando-o para fora da tenda, disse-lhe: “Olhe para o céu e conte as estrelas, se é que pode contá-las”. E prosseguiu: “Assim será a sua descendência”. Abrão creu no Senhor , e isso lhe foi creditado como justiça. Disse-lhe ainda: “Eu sou o Senhor , que o tirei de Ur dos caldeus para dar a você esta terra como herança”. Perguntou-lhe Abrão: “Ó Soberano Senhor , como posso saber que tomarei posse dela?” Respondeu-lhe o Senhor : “Traga-me uma novilha, uma cabra e um carneiro, todos com três anos de vida, e também uma rolinha e um pombinho”. Abrão trouxe todos esses animais, cortou-os ao meio e colocou cada metade em frente à outra; as aves, porém, ele não cortou. Nisso, aves de rapina começaram a descer sobre os cadáveres, mas Abrão as enxotava. Ao pôr do sol, Abrão foi tomado de sono profundo, e eis que vieram sobre ele trevas densas e apavorantes. Então o Senhor lhe disse: “Saiba que os seus descendentes serão estrangeiros numa terra que não lhes pertencerá, onde também serão escravizados e oprimidos por quatrocentos anos. Mas eu castigarei a nação a quem servirão como escravos e, depois de tudo, sairão com muitos bens. Você, porém, irá em paz a seus antepassados e será sepultado em boa velhice. Na quarta geração, os seus descendentes voltarão para cá, porque a maldade dos amorreus ainda não atingiu a medida completa”. Depois que o sol se pôs e veio a escuridão, eis que um fogareiro esfumaçante, com uma tocha acesa, passou por entre os pedaços dos animais. Naquele dia, o Senhor fez a seguinte aliança com Abrão: “Aos seus descendentes dei esta terra, desde o ribeiro do Egito até o grande rio, o Eufrates: a terra dos queneus, dos quenezeus, dos cadmoneus, dos hititas, dos ferezeus, dos refains, dos amorreus, dos cananeus, dos girgaseus e dos jebuseus”.
Gênesis 15:4-21
“De sua parte”, disse Deus a Abraão, “guarde a minha aliança, tanto você como os seus futuros descendentes. Esta é a minha aliança com você e com os seus descendentes, aliança que terá que ser guardada: Todos os do sexo masculino entre vocês serão circuncidados na carne. Terão que fazer essa marca, que será o sinal da aliança entre mim e vocês. Da sua geração em diante, todo menino de oito dias de idade entre vocês terá que ser circuncidado, tanto os nascidos em sua casa quanto os que forem comprados de estrangeiros e que não forem descendentes de vocês. Sejam nascidos em sua casa, sejam comprados, terão que ser circuncidados. Minha aliança, marcada no corpo de vocês, será uma aliança perpétua. Qualquer do sexo masculino que for incircunciso, que não tiver sido circuncidado, será eliminado do meio do seu povo; quebrou a minha aliança”.
Gênesis 17:9-14
A quarta aliança que iremos estudar é a aliança Abraâmica, uma aliança incondicional onde Deus fez promessas a Abraão que não requeriam nada dele. Essa aliança pode ser dividida em 3 partes conforme lemos nas passagens bíblicas acima:
1° – Quando Deus chama Abraão para sair da sua terra e do meio dos seus parentes para um terra que seria mostrada para ele no caminho;
2° – Quando Deus chama Abraão para sinalizar a aliança através de sacrifício de alguns animais;
3° – Quando Deus ordena a Abraão a circuncidar todo o bebê do sexo masculino ao oitavo dia de vida.
Neste artigo, quero focar mais na segunda parte do que nas outras, por conta da sua importância e do seu significado.
Primeiramente, precisamos entender que naquela época era comum fazer alianças levando animais para sacrificar. Essa aliança funcionava da seguinte forma, era cortado ao meio o animal e ambas as pessoas que estavam aliançando passavam entre os animais. Ao passar pelos animais cortados ao meio, cada uma das pessoas estavam dizendo que aquela aliança a partir daquele momento era válida e a quebra dela resultaria no mesmo ocorrido dos animais, ou seja, a quebra resultaria em morte. Ao lermos o capítulo 15, vemos que Deus chama Abraão para fazer o mesmo com os animais, mas na hora de passar no meio deles, Abraão é pego no sono e somente o Senhor passa por entre os animais cortados. Esse ato que Deus fez simbolizava algo muito importante, Deus estava mostrando que a aliança não é somente incondicional, mas é unilateral, ou seja, somente uma das partes tem que fazer algo por ela. Era como se Deus estivesse dizendo: “se eu quebrar a aliança, eu terei que morrer, mas se você quebrar a aliança, eu também terei que morrer”. E de fato, foi o que ocorreu, os descendentes de Abraão quebraram a aliança e Jesus, o Deus Filho, morreu em nosso lugar. Jesus pagou o preço para que nós não precisássemos pagar. Que exemplo de aliança maravilhoso que Deus deu a Abraão e a todos os seus descendentes, não era apenas um pacto, mas algo que Deus ajudaria em todos os sentidos o cumprimento dessa aliança, mesmo se fosse necessário entregar o seu filho Unigênito.