Que não haja nenhum imoral ou profano, como Esaú, que por uma única refeição vendeu os seus direitos de herança como filho mais velho. Como vocês sabem, posteriormente, quando quis herdar a bênção, foi rejeitado; e não teve como alterar a sua decisão, embora buscasse a bênção com lágrimas.
Hebreus 12:16-17
Esaú era o filho mais velho de Isaque, mas acaba vendendo o seu direito de primogenitura para o seu irmão mais novo Jacó, tudo por apenas um prato de comida. Talvez você pense que Jacó foi enganador, que abusou da inocência do seu irmão, mas vemos no texto de Hebreus 12 que Esaú não foi apenas um inocente enganado. Muito pelo contrário, o texto irá dizer que ele era imoral e profano, e por isso, vendeu a benção de Deus por uma única refeição.
Não apenas isto, mas pelo estudo da Bíblia aprendemos que Esaú era:
Dramático e tinha ações sem pensar nas suas consequências – “Certa vez, quando Jacó preparava um ensopado, Esaú chegou faminto, voltando do campo, e pediu-lhe: Dê-me um pouco desse ensopado vermelho aí. Estou faminto! Por isso também foi chamado Edom. Respondeu-lhe Jacó: Venda-me primeiro o seu direito de filho mais velho. Disse Esaú: Estou quase morrendo. De que me vale esse direito?” Gênesis 25:29-32
Não era apenas dramático, mas não dava importância ao direito de primogenitura – “Disse Esaú: “Estou quase morrendo. De que me vale esse direito?” Gênesis 25:32
Vemos o pouco caso que ele fazia ao dizer: “de que me vale esse direito”. Era a maior benção que um filho poderia ter, a benção de primogênito, quando todas as bençãos que Deus deu ao seu pai, seria repassada ao filho.
Irreverente ao direito que tinha recebido – “Então Jacó serviu a Esaú pão com ensopado de lentilhas. Ele comeu e bebeu, levantou-se e se foi. Assim Esaú desprezou o seu direito de filho mais velho.” Gênesis 25:34
Ele não apenas desprezou o seu direito, mas não vimos arrependimento da sua parte, apenas raiva e vingança após o seu irmão Jacó ser abençoado por seu pai.
Sem temor à Deus e sem respeito ao seus pais – “Então Isaque chamou Jacó, deu-lhe sua bênção e lhe ordenou: Não se case com mulher cananeia. Vá a Padã-Arã, à casa de Betuel, seu avô materno, e case-se com uma das filhas de Labão, irmão de sua mãe. Que o Deus todo-poderoso o abençoe, faça-o prolífero e multiplique os seus descendentes, para que você se torne uma comunidade de povos. Que ele dê a você e a seus descendentes a bênção de Abraão, para que você tome posse da terra na qual vive como estrangeiro, a terra dada por Deus a Abraão. Então Isaque despediu Jacó e este foi a Padã-Arã, a Labão, filho do arameu Betuel, irmão de Rebeca, mãe de Jacó e Esaú. Esaú viu que Isaque havia abençoado a Jacó e o havia mandado a Padã-Arã para escolher ali uma mulher e que, ao abençoá-lo, dera-lhe a ordem de não se casar com mulher cananeia. Também soube que Jacó obedecera a seu pai e a sua mãe e fora para Padã-Arã. Percebendo então Esaú que seu pai Isaque não aprovava as mulheres cananeias, foi à casa de Ismael e tomou a Maalate, irmã de Nebaiote, filha de Ismael, filho de Abraão, além das outras mulheres que já tinha.” Gênesis 28:1-9
Esaú não tinha temor à Deus e nem respeito por seus pais, pois fez exatamente aquilo que eles ordenaram Jacó não fazer, tudo isto, para afrontar os seus pais.
Vemos que diferentemente do que muitas vezes é pregados nos púlpitos, que Esaú não era inocente, muito pelo contrário, era imoral, sem temor de Deus e sem respeito aos seus pais. Jacó errou ao enganar Esaú, porém foi melhor a benção ter sido para ele, que temia e honrava o nome de Deus sempre que possível, do que para aquele que não queria honrar e nem engradecer o nome do Seu Criador. Novamente vemos que tudo estava no controle de Deus, em abençoar aquele que iria honrá-lo.