Andando à beira do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Eles estavam lançando redes ao mar, pois eram pescadores.
E disse Jesus: Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens.
Mateus 4:18-19
O Reino dos céus é ainda como uma rede que é lançada ao mar e apanha toda sorte de peixes. Quando está cheia, os pescadores a puxam para a praia. Então assentam-se e juntam os peixes bons em cestos, mas jogam fora os ruins. Assim acontecerá no fim desta era. Os anjos virão, separarão os perversos dos justos e lançarão aqueles na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes.
Mateus 13:47-50
A pesca no período do Novo Testamento era uma profissão muito procurada, principalmente entre os menos instruídos. Dos dozes discípulos de Jesus, 4 eram pescadores e viviam da pesca. Por isso, vemos várias vezes Jesus trazendo um estudo que envolvia a pescaria, inclusive trouxe até mesmo parábolas que remetia a pesca.
A pesca não é apenas uma profissão muito utilizada na época, mas uma forma de instruir as pessoas daquele período a respeito do Reino de Deus.
Desta forma, quero trazer hoje uma analogia dos pescadores comparado ao Reino de Deus.
Podem existir vários tipos de pescadores, assim como existem vários tipos de cristãos. Dessa forma, existem:
1 – Aqueles que pescam por prazer ou hobby – Quem pesca por prazer ou hobby nunca buscará apenas o financeiro, mas buscará fazer uma ótima pesca independente do que aconteça. Da mesma forma, o cristão que exerce os seus dons por prazer ou hobby nunca buscará o reconhecimento, mas apenas fazer a vontade de Deus.
2 – Aqueles que pescam para ganhar dinheiro – Os que pescam unicamente e exclusivamente por dinheiro, na primeira oportunidade melhor que tiverem irão abandonar a pesca. Da mesma forma, são os cristãos que buscam apenas enriquecer e ganhar uma notoriedade. Esses, enganam as pessoas em busca de fama, sucesso e riquezas e abandonam as ovelhas na primeira oportunidade que tiverem e sem nenhuma preocupação com elas.
3 – Aqueles que pescam e soltam na água depois – Esses que pescam são apenas aqueles que fazem por um hobby ou para passar o tempo. Até gostam da pescaria, mas não querem um compromisso de estar todos os dias ali. Da mesma forma, há cristãos que ajudam no Reino de Deus, mas não querem assumir um compromisso, querem estar quando der para estar e quando não puderem, não serão cobrados por nada.
4 – Aqueles que levam para casa, cuidam, limpam e tratam – Esses não apenas gostam da pesca, mas gostam de usufruir da pesca. No Reino de Deus também tem os cristãos que gostam de usufruir do Reino de Deus. Mas, não apenas usufrui daquilo que é bom, mas ajuda a cuidar das pessoas, a tratar cada dificuldade e amargura, faz um trabalho verdadeiro de um discípulo.
5 – Por fim, há aqueles que se dizem pescadores, mas na verdade não pescam nada – Esses são os piores, gostam apenas da curtição, mas na verdade entra na onda dos outros. Dessa mesma forma, há aqueles cristãos, ou falsos cristãos, que só estão envolvidos por curtição, mas na verdade não fazem nada. São frequentes, mas estão frequentemente de mãos vazias e de braços cruzados. Não ajudam, não evangelizam, não pregam, apenas cumpre um número. São apenas quantidade, mas não qualidade.
Precisamos pensar e refletir em que tipo de pescador queremos ser, ou melhor que tipo de cristão queremos ser, isto se podemos ser chamados de cristãos. Jesus não nos chamou para sermos números, mas para sermos seus seguidores, a fazermos aquilo que Ele faria, a andar como Ele andou e a viver como Ele viveu.